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Saúde

Através da USP Ribeirão, Brasil ganha destaque científico mundial com CBD

Quatro professores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto aparecem entre os dez mais produtivos na área

Publicada em 23/07/20 às 09:17h - 21905 visualizações

Paula Zuliani


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 (Foto: Desconhecido)
A Universidade de São Paulo (USP) é a instituição que mais publica artigos científicos sobre canabidiol no mundo. A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), especificamente, conta com quatro professores que foram relacionados entre os dez mais produtivos na área: Francisco Silveira Guimarães, Antonio Waldo Zuardi, José Alexandre Crippa e Jaime Hallak ocupam o primeiro, o segundo, o quinto e o sétimo lugares, respectivamente. Esse é o resultado do estudo “Global Trends in Cannabis and Cannabidiol Research from 1940 to 2019”, divulgado, recentemente, pela revista Current Pharmaceutical Biotechnology.

Em uma análise bibliométrica dos 1.167 artigos publicados entre 1940 e 2019 sobre o canabidiol (CBD), abrangendo 62 países diferentes, a USP está à frente, com mais do que o dobro de publicações em comparação com o segundo colocado, o King’s College London, do Reino Unido, seguida pela Universidade de Jerusalém, em Israel, e pelo Instituto Nacional de Abuso de Drogas dos Estados Unidos. Os autores da pesquisa combinaram diversos parâmetros bibliométricos para chegar a esse ranking, em especial o número total de produção, o escore global de citação e o índice-h (indicador de desempenho que analisa de forma quantitativa a produção científica de um autor, medindo, ao mesmo tempo, a sua produtividade e o número de citações recebidas de outros pesquisadores).

Essa não é a primeira vez que a USP ganha notoriedade internacional pelas pesquisas com o canabidiol. No ano passado, foi tema de reportagem no jornal The New York Times e de ampla cobertura na revista Nature. “É sempre uma satisfação ter o seu trabalho reconhecido por terceiros. Preciso salientar que estou longe de ser o pesquisador mais importante, ou mesmo um dos mais importantes nesta área. Esta posição, para canabinoides em geral, pertence, na minha visão, ao professor Raphael Mechoulam, da Universidade de Jerusalém, com quem tenho o prazer de colaborar há 30 anos”, afirma Guimarães, em matéria assinada por Rose Talamone no Jornal da USP.

O estudo deixa claro a expressividade do grupo da USP de Ribeirão Preto, que tem envolvido outros pesquisadores do campus atualmente. “Alguns mais jovens e formados neste grupo têm se associado a esta pesquisa e produzido contribuições importantes”, enfatiza Guimarães. O professor se destacou com trabalhos na área de ansiedade. Mostrou que o canabidiol produz efeitos ansiolíticos em diversos modelos animais, bem como os possíveis mecanismos envolvidos nestes efeitos.

Os autores evidenciaram, ainda, o grupo do professor Crippa, que vem trabalhando nos efeitos farmacológicos e ensaios clínicos, tendo encontrado evidências consideráveis das ações anti-inflamatória, antioxidante e neuroprotetora do canabidiol. “Acredito que a USP em Ribeirão Preto seja singular na interação entre a pesquisa básica e clínica com o canabidiol, pois os pioneiros nesta área na nossa Universidade sempre semearam o espírito de colaboração de modo sinérgico e recíproco”, ressalta Crippa.

Pioneirismo

Em maio, o laboratório Prati-Donaduzzi, no Paraná, colocou nas farmácias de todo o país o primeiro extrato de canabidiol desenvolvido no Brasil, graças a uma parceria entre a indústria farmacêutica e o grupo da FMRP, liderado pelo professor Zuardi. A venda está condicionada à apresentação de receituário tipo B (azul), de numeração controlada, a exemplo do que já ocorre com calmantes, antidepressivos e outras substâncias psicoativas que atuam sobre o sistema nervoso central. A parceria também resultou na construção do primeiro Centro de Pesquisas em Canabinoides do país. Criado para a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos contendo canabinoides, o espaço reunirá trabalhos do grupo de pesquisa de Ribeirão Preto e terá alas destinadas ao estudo básico de laboratórios e à pesquisa clínica com pacientes e voluntários saudáveis. “O centro deve aumentar ainda mais os estudos colaborativos para os resultados chegarem mais rapidamente aos pacientes e seus familiares, reduzindo o sofrimento e melhorando a qualidade de vida dessas pessoas”, explica Zuardi.



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