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"Alta" cozinha: maconha na comida supera modismo e conquista seu espaço.

A presença da maconha na gastronomia não é algo novo...

Publicada em 27/03/21 às 20:54h - 209 visualizações

Rafael Tonon


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Torta de frango com infusão de canabis, vendida no restaurante Dinner at Mary\'s, em Boston (EUA)  (Foto: Imagem: Boston Globe via Getty Images)
De redes de fast food moderninhas até restaurantes de grandes chefs com menus-degustação pelo mundo afora, o uso da erva natural parece já ter conquistado seu espaço no universo dos alimentos e bebidas.

Mas a entrada de grandes marcas nesse cenário, como a gigante Coca-Cola, e até mesmo de dezenas de celebridades de Hollywood a investirem nesse mercado são prova de que a "revolução verde" na nossa alimentação não é apenas uma brisa passageira.Se o CBD (o canabidiol, substância da planta que proporciona relaxamento, mas sem efeito psicoativo) virou febre nos últimos anos, presente de chás a cookies, de chocolates a coquetéis, agora é hora da tendência ir mais alto.

"Barato" do bem Com a legalização da maconha em alguns países, o THC, o seu primo mais velho, virou a bola da vez em muitos produtos alimentares. É ele o responsável pelo torpor que dá a sensação estimulante que muitos buscam na erva.E, por isso, tem se tornado ingrediente recorrente nas mais diversas receitas e preparos, se aproveitando dos crescentes movimentos que têm pautado a indústria de bebidas e nosso comportamento alimentar.

Primeiro tem a ver com a saudabilidade: é cientificamente comprovado que a maconha traz diversos benefícios ao corpo, por suas propriedades de alívio de estresse e até sintomas da TPM. (Não à toa, tem sido matéria-prima para centenas de medicamentos, muitos deles com uso liberado também no Brasil). O segundo diz respeito à busca maior por novos substitutos ao álcool — substâncias que sejam capazes de nos fazer relaxar ou entorpecer sem os duros efeitos da ressaca do dia seguinte. Nesse sentido, a indústria de bebidas tem olhado para essa onda com especial atenção.

Mas não é só: a versatilidade da planta, que teve como um de seus primeiros usos justamente a alimentação, é determinante para ela estar nos cardápios e rótulos de diversos produtos. Além da possibilidade de aportar aos alimentos as mesmas substâncias que são utilizadas nos tratamentos farmacológicos (como o CBD e THC), outras partes da erva podem ser utilizadas para a obtenção de diferentes componentes de interesse para a indústria de alimentos. 

Em países na Europa, é possível ir a supermercados e encontrar produtos feitos com hemp seed. As sementes são muito nutritivas, com considerável quantidade de proteínas, fibras, minerais e vitaminas. "A depender da finalidade, esses componentes podem ser processados e utilizados na produção de alimentos específicos, como linhas de produtos voltadas para a prática de atividades físicas e outros", explica Gabriel Barbosa, supervisor em Pesquisa & Desenvolvimento da HempMeds.

À medida que outros países também passarem a legalizar os usos da maconha (de medicinais a recreativos), as ofertas de massa feita com a erva, smoothies com THC e até águas saborizadas com infusão de CBD estarão cada vez mais presentes, e não serão apenas um nicho promissor. Até mesmo mercados com regulamentação mais restritiva, como é o caso do Brasil, têm buscado alternativas para aproveitar a boa onda. Já é possível encontrar marcas de cerveja nacionais com nomes de variedades da planta da cannabis.

"Essas cervejas são infusionadas com terpenos, substâncias que conferem aroma às plantas, tentando fazer com que a experiência sensorial remeta à planta de alguma maneira, mesmo sem haver qualquer adição de alguma substância controlada", explica Barbosa. A seguir, mostramos como a planta conquistou de vez a nossa alimentação e por que será cada vez mais comum vê-la nas embalagens dos supermercados e até nos preparos dos grandes chefs.

Guloseimas para adultos.

O movimento dos edibles — como são chamados os alimentos feitos à base de maconha — correu de boca em boca que nem bala. Estima-se que as gummies, gomas de gelatina com CBD em menor concentração, sejam o maior segmento desse tipo de produto, respondendo por cerca de 90% da participação do mercado. E devem crescer mais de 30% nos próximos 10 anos, segundo estimativas da consultoria Fact.MR. A Lord Jones, por exemplo, é uma empresa que se notabilizou por fazer gummies sofisticados com 20 miligramas de CBD de sabores que variam de cítricos e frutas vermelhas e que cria edições especiais (como spiced cranberry) para apostar no segmento de luxo — cada caixinha custa nada mesmos que 50 dolares. O sucesso das "balinhas" diz respeito a uma forma lúdica e açucarada de aliviar dores, a ansiedade e até crises de enxaqueca, além de trazer algum relaxamento. Isso levou o mercado a ver as guloseimas com outros olhos: de balas a pirulitos, passando por chocolates, essa categoria foi a primeira a passar a marca de um bilhão de dólares nos EUA em 2018. E não para de crescer.

Maconha para beber.

De café a coquetéis engarrafados, a maconha encontrou terreno fértil na indústria de bebidas. Em 2019, a startup California Dreamin arrecadou mais de US$ 2 milhões de investidores (entre eles os poderosos do Vale do Silício) para fabricar uma linha de refrigerantes com THC.

No mesmo estado americano, a famosa cervejaria Lagunitas Brewing Co. inovou ao lançar o Hi-Fi Hops, um espumante com infusão de THC (10mg) e uma outra versão com THC e também CBD. Ambas não levam nem uma gota de álcool, mas também tem adição de lúpulo - planta que é prima da cannabis e considerada responsável pelo aroma e amargor das cervejas. Por falar nelas, até mesmo gigantes como a Corona anunciaram sua entrada no segmento: no caso da cervejaria mexicana, através da compra de uma empresa canadense de maconha, já pensando no futuro. No Japão, a Coca-Cola comprou a empresa Endian, que fabrica a Chill Out, uma "bebida relaxante" à base de cannabis. O que os principais analistas dizem é que, depois dos doces, esse é o mercado que deve mais crescer em termos de produtos com infusão da planta, o que tem feito todos os grandes grupo de bebidas do mundo, como a Diageo, observar os movimentos com atenção, de olho em casos bem-sucedidos como o da Cann.

A startup americana fundado por ex-banqueiros cria suas "tônicas sociais", como são chamadas, com sabores como lavada com limão e alecrim com toranja e já vendeu mais de duas milhões de latas. Recentemente arrecadou investimentos que somam mais de US$ 5 milhões vindos até de celebridades como Gwyneth Paltrow.

Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2020/12/03/alta-cozinha-maconha-na-comida-supera-modismo-e-conquista-seu-espaco.htm Data: 27/03/2021.



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